segunda-feira, 31 de março de 2014

"50 ANOS, ONTEM QUE ESTA SENDO HOJE". COMO VAI A DITADURA!!!!!!!!!



                    Brasil de grandiosa história que desde antes de existir já existia com o esplendor de um paraíso. Fauna, flora, e um povo nu que sem pestes, fogueiras, ou papas vivia a grandeza da natureza.

Esplendor manchado por uma metrópole decadente, de burocracias tantas, homens vis que para tão linda terra vieram com o impeto do roubo, morte, escravidão e colonização.

Um "europeamento" torto criou-se. Uma Colonia a ser espoliada, um Império Tupiniquim, uma Republica Risível.

Povo de misturas, potencial tamanho, feitos pífios. Grandeza e mediocridade de braços dados com a pobreza e a ignorância.

Creio em seus grandes homens, poucos que muito pensaram e fizeram, mas pouco deu-se querida colonia mestiça, ilustres senhores que nos inspiram ontem e hoje.

Olha pra frente, olha pra história observa as feridas reage ao tapa na cara que diariamente os descendentes dos homens vis te dão. Homens que mandam, sempre mandaram e agora engordados pelo CAPITALISMO torpe que pouco dá aos muitos, e ilude-te com o veneno do CONSUMO.

Pensa meu amigo!!!!!! os 50 anos, foram ontem, e estão sendo hoje. Outras roupas, outros cheiros, outros personagens, mas os mesmos AI's que tanto doem.

Se não te deram EDUCAÇÃO, arranque-a à força, se não dividem a terra tome-a, se te olham com desprezo devolva com muito mais.

Afinal, descendentes vis, alimentados pelo poder ilegitimo de quem somente trabalha para um Sistema torpe, não merecem teu respeito. Mesmo que amparados por uma legitimação ilegitima, subserviente de um Império ao Norte.

Não tenha medo, tenha NOJO. devolva o Golpe, com um CONTRA-GOLPE.

Aline Prado

domingo, 30 de março de 2014

Meu Jardim


Sou habitado por um jardim 
a flor que me sorri expressando graça
Exala um perfume que tenho e não contenho
Simplesmente não preciso possuir nada...

Nas muitas disputas e demarcações insaciáveis
Almas se perdem fixadas pelo caminho
Definham em conflitos e dissolução.
Para esses, já não há perfume tão pouco sorrisos...

É o muito possuir, sem nada ter
suas varandas vazias refletem existências sombrias
Flores murchas, grades, medo e insignificância
Mercado, consumo e intolerância...

Neste interim,  tudo floresce
Meu coração se desvanece
tenho tudo, mesmo nada possuindo
meu jardim está em mim...

sábado, 29 de março de 2014

Um ano de amor





Um ano de amor.


     Minha alma se fundiu a sua irreversivelmente...


          foi no momento em que te conheci.


               Agora é assim,


                    nossas vidas,


                         nossa vida.
            
             
                              Muitos anos,


                                   muitas vidas...


                                        Somos um,


                                             desde sempre,


                                                  para sempre...

Asas atrofiadas

                 Somos deuses com potencial atrofiado pelo desuso, animalizados e dirigidos por pulsões. O caminho de volta é a transcendência e este processo não se dá pelo mero controle de si. Outrossim, quem apenas exerce o autocontrole se entope, tapa a boca do vulcão interior, e via de regra, explodirá. Quem apenas se deixa levar, acaba sendo levado com a leva dos que não são. Quem se conhece, se aceita e se perdoa, cala a vós de suas pulsões, transcendendo ao homem natural, condicionável e reativo. Quem transcende, pode enfim descartar, os agora desnecessários, cabrestos da religião, das leis e da moral, voltando ao caminho para a sua condição originária.

              Somos mais do que pensamos de nós mesmos;

                       muito maiores do que os atos que nos afirmam.

                                     Pense...............

quarta-feira, 26 de março de 2014

Marionetes do Capital

Nos deram oportunidade
não quer limpar chão! estude, trabalhe!.
tenha um oficio, uma profissão...

Só não escolha muito, vagabundo!
e nem pense em protestar...
tem outros querendo o seu lugar.

Nos deram treinamento.
moral ilibada, condicionamento...
não cabe ao trabalhador o pensamento!

Basta o pão, distração e boca fechada...
Nem pense, não questione, nem reclame!
abaixe a cabeça, cale-se e ande...

Nos deram poder de voto.
nos deram selecionados candidatos
e nenhum poder de veto...

Exercemos nosso direito, escolhendo os escolhidos.
e nem pense em sair de meu controle nobre eleito!
te dei mídia, te controlo e for preciso te casso...

eu farei com que o povo faça
eleja, casse te trucide e mate
farei com que pensem que podem, que escolhem e fazem...

Meu passa-tempo

Meu passa-tempo
leva o tempo que não quer passar.
Quero que o tempo passe,
mas não quero ver o tempo.
tenho hora e quero ir embora.
mas não quero que o tempo me leve!

Porque ocupo o meu tempo,
com aquilo que o tempo me tira?
não dá tempo e foi-se um dia,
mais um dia do meu tempo.
que desalento, todo dia,
viver correndo contra o tempo!

Não quero que o tempo me leve
e ocupo o meu tempo.
em mais um dia de vã relutância
tentando para-lo no agora...
Mas, quem disse que o tempo passa?
somos nós que passamos pelo tempo!!!

terça-feira, 25 de março de 2014

E quem se deixa conduzir

Prenderam correntes em nossa coleira moral
e os condutores das guias são cegos
babando desconexo pedantismo
tropeçantes andantes ao leo
nos levam, mesmo assim, como querem...

Os condutores das guias de nossa "liberdade"
usam cabrestos tapa-olhos
contam vitória, explicam suas glórias, criam história
documentam seus passos padronizam espaços
enxergam fração, trabalham em vão, concebem ilusão...

Idealizam e criam cultura
amansam a coices os brutos
caminham no escuro existencial
tropeçam nos próprios pés
são escravos do absurdo...

Amansam os burros
e são burros domados
com destinos selados
metodicamente castrados,
são assim, os guias de nossas coleiras...


segunda-feira, 24 de março de 2014

Em todo lugar um poema

Em todo lugar um poema
cansei da deriva, ancorei.
sentimentos machucam poetas
não toco o chão, outra vez...

Sufoquei o poeta mas ele voltou
com cores, perfumes e flores
sentindo, se fez em palavras
versos, reversos e dores...

A arte é perola entranhada
tudo machuca o artista
porto seguro é o todo
versos, inversos, amores...

Tudo exala perfume
a vida sufoca o poeta
não deu pé, tudo flui, não ha metas!
o todo é feito de amor...

domingo, 23 de março de 2014

O circo das palhaçadas patéticas das marchas imuteis

                     Todo o protesto legitimo, que emana do povo consciente do Brasil e que possui potencial para gerar mudança é calado pela força da repressão, pela manipulação midiática da opinião pública, ou qualquer outro mecanismo de coerção. O que prevalece sempre é o circo das palhaçadas patéticas das marchas imuteis, fomentadas nos antros da politicagem e engrossadas por alienados de todas as instancias possíveis e pensáveis da nossa sociedade. As tais marchas, por qualquer razão, sejam reivindicatórias ou não, geralmente são encabeçadas por alguns idiotados, sempre oportunizadas por políticos de todas as laias e engrossadas por ignorantes amostrados de todos os níveis sociais. Marchas gay, da consciência negra, da família com Deus, disso ou daquilo, para todos os gêneros e gostos. Estas, nunca se fartam dos exibicionistas amantes das câmeras, os do "tchauzinho pra mamãe", os do "nem sei que movimento é este", os da diversão, os do "não sei qual é a reivindicação", os do "somos defensores de Deus" etc. Encabeçando tudo estão os idiotados narcisistas das causas importantes, reforçados pelas raposas da politicagem.
                   Finalmente, as raposas se promovem, os narcisistas se afirmam e as massas sempre serão apenas instrumentos das manobras. Então temos a marcha pela família com Deus, de Jesus, pela saudosa ditadura...Qualquer que seja, nunca faltam adesores... Basta propor algo maluco e lá estão eles; são os pastores comedores de grana, religiosos retrógrados saudosistas do puritanismo recalcado, bichas abichalhadas e, balançando as cabeças, entre sorrisos e acenos, as velhas raposas de sempre...
                   Enfim, de todas as marchas, das tantas quantas hajam interesses escusos e ocultos à promovê-las, a que mais me chateia é a marcha para Jesus. Muita musica, muita promoção pessoal, exploração do nicho gospel, muita gente sendo usada gratuitamente para a manutenção daquilo que, em nada se assemelha a filosofia de Cristo, servindo apenas como um desserviço ao desenvolvimento, a consciência e ao evangelho; algo inútil , galgando importância e visibilidade. Se fazem presentes os idiotados de sempre, os comedores de grana discursando e as astutas raposas vantajando votos, apoio e popularidade. Só falta mesmo o ilustre homenageado. E este não virá! Nunca fará coro com esta estupidez. Ele, nem aqui nem em Jerusalém, convergiria apoio a algo tão dúbio e escuso, mascarado de moralidade. jesus jamais aderiria a movimentos deste cunho. Ele independe de defesa, nunca se deu a moralismos, não ambiciona promoção, nunca visou lucro e partidarismos, logo não apoiaria as raposas, os rapinadores; e tantos outros que se utilizam, usurpadoramente, de seu nome.    
                     Me chateia, por esta ser, na minha opinião, a forma mais covarde de utilização do povo. Por via do sagrado e da fé chegam aos propósitos sujos de sempre, sempre ocultos aos olhos dos adeptos da causa. O lamento pelas massas, sempre alienadas que, prestativas e manobravelmente se dão ao uso por estes idealizadores da vantagem própria.
                     Lamento muito mas o Brasil está longe de ser um país de esclarecidos e por isso, ainda veremos muito, por muito tempo, raposas, comedores de grana, lobos dos mais diversos, de mãos dadas frente as câmeras, com a multidão das ovelhas alienadas, ovacionando-os em tudo quanto é movimento, de qualquer que seja a natureza. Ainda veremos muito, infelizmente.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Socialismo inviabilizado pelo egoismo

As massas querem ser a burguesia.
Sem terra, querem ser latifundiários.
Quem nada tem, já não se farta do suficiente.
todo mundo quer poder para consumir,
ninguém quer dividir!
E o cristo comunista, foi inviabilizado...

Não ha quem se baste do necessário.
Para quem pode, a Ferrari virou carroça.
felizmente as limitações castram a tirania
e a fragilidade produz chão de realidade
Nenhum súdito para tantos Reis!
E o Cristo revolucionário, foi, outra vez, crucificado...

Se o suficiente nos bastasse
todos seriam sociedade
comunidade, comunismo, unidade...
Mas os comedores de planeta ainda se devoram
são muitas estrelas para pouco céu
então, sem a revolução do eu não ha socialismo
E o Cristo compartilhador do pão, foi outra vez falsificado...

João em parceria com Aline

Somos leões, somos coelhos

olho o finito e vejo o que acredito
mas nem sei se ele existe,
ignoro o infinito e na minha finitude
afirmei minha agonia
minha balança é incompatível com a vida...

criamos a justiça para validar desigualdade
na prática coelhos são só comida
leões só querem comer
quem pode corre, quem manca morre
e eu me faço cativo do que cativei...

Olho a balança finita e valido desigualdade
nem sei se os coelhos existem
na minha finitude só os leões comem
os mancos são incompatíveis com a vida
corremos todos para o infinito...

acredito no que cativei
 leões afirmam a agonia
coelhos olham o finito
cativos da balança inviável
criamos desigualdade...




terça-feira, 18 de março de 2014

Politicagem

OUÇAM-ME!!!

ouçam-me, acomodados serviçais do sistema.
Vós sois sustentáculo e força motriz do mundo!
Escutem-me todos vós submissos da usurpação!!!
esta burguesia fétida te domina por migalhas
Entendam!!! Sois geradores de toda riqueza!

Destruamos pois com as inúteis bancadas
buracos vazantes do tesouro público
expulsemos estes vermes parasitas
Forças produtivas acordai!!!
formemos fileiras pela justiça e igualdade

Por favor, ouçam a vós do não dito. 
percebam os atos da incoerência
tão explicito na indiferença,
evidenciado na visível balança fraudulenta,
e retratado publicamente através da inoperância.

Ouçam-me frequentadores das filas pelas esmolas
pedinte cabisbaixo pelo benefício da classe e da cor
beneficiário tremulo do paternalismo e das concessões 
observe que o discurso deles é feito para seu ouvido tolo!
olhem, contemplem estes bandidos arrogantes

Você proletário da subsistência
boicotado no berço pela educação sonegada
a tv alienou sua mente, o sistema condicionou seus passos
Contemple nossos eleitos, fraudulentos legislando em causa própria
pousando de maioral com nosso dinheiro, na ostentação e no luxo

Ouçam-me!!!
Eles são como cães grudados ao osso!!!

façamos com que trabalhem!!!

Um textinho de minha filhota linda



A História Mal-Contada


Era uma vez...
Não. Não era uma vez. Nunca teve uma vez! A história ainda nem começou... Como que já era?! Melhor começar agora:
Está sendo uma vez agora...
Alguém tentando escrever uma história... Alguém tentando ler uma história...
Hmm... Está confuso. Bom, essa folha merece uma história, então vamos lá! Melhor começar a contar...
Eu tinha três bananas, mas comi uma. Quantas sobraram? Nenhuma. Eu nunca tive bananas de fato. As bananas não são de ninguém. Elas são livres. Por que você não respeita a liberdade das bananas?
Hmm... Está história, definitivamente, não está boa! Pobre folha... Está condenada. Por mais que eu apague o que está escrito vão ficar as marcas desta experiência. As outras folhas vão rir dela por ter uma história tão ruim.
Que triste... Melhor parar de escrever. Por que ainda estou escrevendo?? Bom, se você está lendo é porque já parei.


Gabrielle Ecks



17/03/2014

Metanóia

              "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."   S.Paulo








                     Eu Particularmente, gosto muito de São Paulo, seus escritos são densos de uma riqueza e profundidade impar, propondo sempre uma filosofia de vida cristã não alienada, alinhada e parametrizada em princípios científicos para alem de seu próprio tempo. Embora sejam conteúdos inspiracionais, sem qualquer pretensão de autenticação cientifica, não consigo ver contradições ou controvérsias nestes, que possam ser alvo de refutação. Seus ensinos, quase sempre apologéticos, trazem-nos em seu conteúdo algo de libertador, uma psicologia pratica aplicável e compatível com a vida.

                O texto que proponho analisar, está presente na carta de Paulo escrita à Roma e é dividido em duas partes constatáveis. A primeira parte apresenta a ideia de um culto, denominado por ele mesmo, como sendo "culto racional". Ou seja, neste, ele apanha a figura de um suposto culto sacrificial utilizando-se da figura dogmática, religiosa, conforme o contexto cultural de seu publico alvo, para levá-los a experiencia de um superior patamar de consciência. Em analise simples poderíamos traduzir esta estado de culto por ele proposto como, apenas, autocontrole. A capacidade de domínio próprio que redundaria na conexão plena à Deus. Porem, na segunda parte de sua instrução, fica claro que não trata-se apenas disso. O domino próprio em questão ocorre, mas sem o esforço que isto demandaria no caso do individuo que decide-se apenas por preservar uma conduta ilibada pela via do autopoliciamento, sujeitando-se a um modelo de suposta santidade, negando sua própria sombra, sob o superego da auto-repressão. No entanto, o mecanismo por ele proposto, não advêm apenas da força de vontade do individuo, mas de uma aceitação pacificada quanto as suas próprias limitações seguido do reconhecimento, de uma auto-visão real, não distorcida de si. Trata-se de colocar-se nu e patente, totalmente despido dos artifícios da mascaração, dos mecanismos de negação e transferência, do engodo dos méritos do menino bom ou da busca de elevação pela comparação com o outro etc. A ideia que temos de autocontrole, modelo religioso e moral, implica em controlar as pulsões, reações, tendencias, vícios psicológicos, atitudes automáticas e impensadas, pautando a vida em algum padrão ético, moral temporal e cultural. Controlando pelo próprio esforço as tendencias naturais da nossa mente condicionada, viciada, incontida e influenciada etc. Obviamente que a proposta Paulina, transcende o mero autocontrole e isto veremos a seguir.

              Após esta breve introdução, analisaremos, sem a pretensão de esgotar o assunto, a segunda parte da instrução Paulina aos Romanos. Nesta, Paulo utiliza-se da figura do culto, fala da necessidade de autocontrole e mostra o meio para se atingir um estado de self superior, transcendendo a própria necessidade do cabresto moral. Ele apresenta um meio para se superar a animalidade, transcender as pulsões e principalmente, sem a hipocrisia do puritanismo, dos regrismos, dos moralismos, dos recalquismos etc. Evitando consequentemente toda sorte de doenças do trato psicológico que é comum a todos nos que ansiamos pela excelência, conforme os paradigmas vigentes de homem perfeito. Ou seja, ele nos fala de um culto racional que implica em libertar-se dos vícios mentais, tornando consciente e compreensíveis as nossas atitudes, experenciando uma nova dimensão de mente que finalmente redunda em um estado de culto a Deus (sinergia e conexão) e no atingimento da condição de individuo individuado, agora com a percepção de um sentido de vida e propósito. Ele propõe como meio de crescimento, conexão e domínio de si, uma transformação continua por via da mudança também contínua dos padrões mentais, que ele chama de "renovação da mente". Note que ele não propõe uma verdade a ser seguida, não propõe nenhum padrão ou método de culto. Ele fala de dinâmicas da alma, de fluidez, fala em renovação, estado continuo e constante de mudança que leva a uma metamorfose infinita. Esta transformação, este meio de se experimentar o propósito da existência, segundo ele, se dá pelo conhecimento progressivo, fluente, renovável e sem nenhuma fixidez. A experienciação da vida com propósito, a vivencia de sentido existencial se dá enfim, pelo caminhar através do saber e saber cada vez mais, ajustando o trajeto a partir do conhecimento, mantendo-se aberto a revisão de conteúdo e a upgrades constantes, libertando-se do passado, da interpretação religiosa engessada e das limitações da minha própria análise exposta aqui. Se você olhar novamente todo o contexto, do texto Paulino, verá que não se trata da simples supressão das pulsões, mas de uma transformação consequente, a posteriori, em função deste conhecimento circulante, não fixo que é a priori, o autoconhecimento. Paulo praticamente nos manda para a psicoterapia. Ele ensina a não se deixar levar pelo fluxo (conformação com o presente seculo) Ou seja: a nossa tendencia é esta zona de conforto, medir-se pela média, influenciar-se pela mídia, não pensar por si, deixar-se conduzir, aceitar designos, por-se sobre o muro, fazer parte do meio, enquadrar-se a sistemas e esquemas e, principalmente não pensar sobre assuntos perturbadores. No entanto é a contra cultura que sugere Paulo. E agora digo eu: ninguém vai encontrar seu caminho, deixando-se clonar pelos padrões sociais e religiosos socados de fora para dentro. O ideal não é idealizável, não se supera um vicio substituindo-o por outro mais saudável, não se quebra um condicionamento condicionando-se a outro padrão. Saúde é movimento, toda fixação é doença.

              Os judeus eram nômades, andantes, então fixaram-se na terra prometida e tudo ficou como ainda hoje é. A terra prometida é um estado mental a ser buscado. Todas as psicologias falam disso, a bíblia, alegoricamente trata disso e este é o nosso caminho.

            Lamento e ouso dizer que a grande maioria de nós ainda hoje, 2000 anos depois de Paulo, passemos pela vida no piloto automático recebendo upgrade inconscientes do sistema dominante e sendo arrastado pela levas das ovelhas sem destino, perdendo a identidade, a individualidade, perdendo a vida.

Enfim fica aí a reflexão..
.
             Somos mais. Somos deuses. Quem apenas exerce autocontrole se entope e via de regra explode. Quem apenas se deixa levar acaba sendo levado com a leva dos que não são. Quem se conhece, se aceita e se perdoa, cala a vós de suas pulsões transcendendo a sua animalidade. Descartando enfim, os agora, desnecessários cabrestos da religião e da moralidade...

Pense...............

         Creio que transcender a animalidade seja o nosso propósito neste caminho de volta...




Culto racional: Estado de conexão consciente e permanente com Deus (Self)

Não vos conformeis com este século: Não vos torneis iguais, clonáveis, direcionáveis, influenciáveis e levados pelo fluxo dos espirito de rebanho.

Transformai-vos pela renovação da vossa mente: Mude a partir da quebra de padrões mentais. Reabra as questões, questione e substitua as velharias de sua mente por coisas novas, resolva e descarte o passado.

Para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus: Para que sejam vocês, indivíduos individuados, sem crenças equivocadas e auto-enganos. Encontrem o sentido e o propósito de ser.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Que o planeta seja de todos

Que ninguém se oportunize da fragilidade do outro.
que o outro não se entregue a dependência...

Que ninguém seduza o outro para tirar vantagem.
que o outro não se anule para ser aceito...

Que ninguém se faça guia de outro.
que o outro encontre o seu caminho...

Que ninguém domine a vida do outro.
que o outro não se acomode por conveniência...

Que ninguém determine destinos a outro
que o outro não se deixe guiar...

Que ninguém condicione a mente de outro
que o outro não desaprenda a pensar...

Que ninguém subjugue a vontade do outro
que o outro aprenda a andar...

Que ninguém diminua o outro
que o outro goste de si...

Que os homens se olhem nos olhos


E que o planeta seja de todos...

Desilusão

Aprendi algumas poucas coisas
e fiquei sem a droga da ilusão.
Abstinência é mesmo terrível!
Não é fácil viver desilusão...

fui demolindo
Desconstruindo
e fiquei assim,
sem chão...

Mas, se o meu, era feito de ilusão?
eu nunca, de fato, tive chão!

talvez sejamos do ar
feitos somente pra voar...

sábado, 15 de março de 2014

Sociedade de surdos que não ouvem os gritos dos atos

Pronto. Já exercemos a democracia e
selecionamos os melhores marqueteiros.
Ficamos fascinados por seus discursos mentirosos
e já montamos o covil dos lobos.
Agora seremos rapinados
pela excelência das melhores raposas...

Se elegeram manipuladores competentes.
Já formaram bancadas de interesses.
Os coiotes se unem, as matilhas se matam.
Nos bastidores a verdade enfim prevalece ao discurso.
ao povo! cotas, migalhas e calabocas...
Ora, seus assassinos dolosos!

Neste covil quem se articula melhor tem seus trunfos
fruto da retórica bem ensaiada nos ardis das pesquisas.
E os amantes do engodo, se encantam
elegendo seus seletos embusteiros...
Então os piores eliminam os melhores
restando apenas as reinantes hienas uivantes...

Palavras e apertos de mão adulam otários
otários sem fim, seduzidos à presentes.
caprichosos elegem caprichos.
ignorantes egoístas não se fartam de si
são coelhos montando sua própria derrocada
entregando-se as garras das bestas vorazes...

Somos todos iludidos participantes
cativos do dito e dos planos
reféns dos sorrisos armados.
manipulados pelos perversos perpetuantes do poder.
Ocorre que inofensivas focas, as milhares, são mortas
por insaciáveis tubarões...

             OUÇAM-ME!!!

ouçam-me! Conformados serviçais da nobreza!
Vós sois sustentáculo e força motriz do pais!
Escravos, submissos!!! Entendam!!! Sois geradores de riqueza!
acabemos pois com as inúteis bancadas vazantes de tesouro público
ouçam a vós do não dito. Ouçam os atos da incoerência
explicito na indiferença e retratado publicamente na inoperância.

Ouça-me conformado frequentador das filas das esmolas e do consumo
Veja, observe que o discurso deles é feito para seu ouvido tolo!
olhem para estes bandidos arrogantes
que pousam, com nosso dinheiro, na ostentação e no luxo
estes nossos empregados são inúteis descomprometidos.

Ouçam!!!
Eles, eles não nos representam.
são inúteis sangue-sugas!!!
façamos com que trabalhem!!!


sexta-feira, 14 de março de 2014

Tudo é vaidade

Culto ao corpo e a perfeição
culto aos livros e a cultura
culto ao dinheiro e ao poder
culto ao prazer...

Culto a dependência e a fragilidade
culto ao sofrimento e a humildade
culto ao heroísmo e a estoicidade
culto a piedade...

culto a autopiedade e a comiseração
culto ao sucesso e a acumulação
culto a maquina e ao luxo
culto ao conforto...

Culto a inteligencia e a erudição
culto a honra e ao caráter
culto a coragem e a ousadia
culto ao discurso...

Culto a doença e a limitação
culto a necessidade e a pobreza
 Culto a riqueza e ao reconhecimento
culto ao orgulho...

É estranha a especie dos homens
sempre só pensam em si
orgulham-se da humildade
e jamais buscaram a verdade

Cada ídolo produz uma droga
já provei destas substancias
já anestesiei minha dor
e provei ilusão
Constatei então
que são muitos os deuses dos homem

E enfim, tudo é vaidade...

quarta-feira, 12 de março de 2014

Eduque-se e trabalhe


seu pacote educacional está pronto
aprenda e cale-se
recolha-se a sua função
pra quê filosofia?
me basta o seu trabalho!
é proibido pensar...

Sua doutrinação está no ponto
receba o seu e submeta-se
não quero a sua opinião!
os ditames são meus!
é proibido protestar...

seu destino está selado
trabalhe produza!
compre o que produziu
com o dinheiro do trabalho
pense que és livre
porque você é escravo...

treinado para vencer mas sem poder para viver

Estudamos.
já estamos treinados para o serviço.
já somos melhores que os outros.
nossos carros, novos carros
muitos juros, grandes casas.
empregados, muito espaço
outros carros, novas casas
muito...

preciso de tudo,
não uso nada 
e minhas varandas estão vazias
tão vazias quanto minha alma...
vou as compras
novas compras
compro tudo
tudo o que compro não uso
não tenho nada...


Você despertou o poeta

      Por não se conformar
o poeta achou seu par.
está implícito e
explicitar é redundante...
Se o poeta despertou
           foi por você,
Você despertou o poeta...

Agora sim, está explicito!!!
explicitado...

te amo,
      redundantemente...

Agora só o que importa é o amor

Por faltar-lhe par,
o poeta recolheu-se!
tentou as vias da normalidade
guardou-se no marasmo de sua dor
sem vós, sem expressão,
               mortificou...

Por faltar-lhe mundo,
o poeta escondeu-se!
tentou as vias da fatalidade
expôs-se aos extremos da vida
desesperou-se e feito flor
                 murchou...

Por faltar-lhe conformação
o poeta retornou!
visceralmente desprendeu-se, desgarrou-se
encontrou-se em suas entranhas.
Agora, só o que importa-lhe é o
                   Amor...

Por não se conformar
o poeta achou seu par.
está implícito e
explicitar é redundante...
Se o poeta despertou
foi por você,
Você despertou o poeta...

Agora sim, está explicito!!!
explicitado...

te amo,
redundantemente...

terça-feira, 11 de março de 2014

eu em Deus, no todo e em tudo...



Quando o véu deste templo se desfizer em luz.

Quando meu corpo de terra a terra voltar

Quando as nevoas da parcialidade forem dissipadas.

Quando enfim a imortalidade me revestir.

Não rezes, não chores, não lamente...




Pois lá não haverá contradição,

não haverá parcialidades,

pendencias ou ambivalências.

Não haverá...




O que vejo em partes vereis face a face

e não terei mais nenhuma questão

Serei enfim,

plenamente eu...

Seremos,

faremos,

existiremos

eu,

em Deus,

no todo,

        em tudo...

Faremos realidade



se há quem se se fixe em determinados padrões.

Se há quem se estabeleça em lógicas.

Se há quem se condicione a sistemas.

Se há quem se proteja em personagens.

Na plenitude do que signifique nós.


Nós faremos de ilusões e sonhos,

                   realidade concreta.

somos o que sempre fomos

Tudo pára.
o tempo, as nuvens...
Pára neste azul infinito.
infinito céu objetivado e conquistado
nossa busca...
E já não há tempo. Presente , passado, ou futuro
somente o azul deste encontro eterno. 
somos o que sempre fomos
um, para sempre.


minhas ilusões, nossa realidade...,


minha concreção...

Me vejo em seus olhos,



Me vejo em seus olhos,

olhos cúmplices

deste pecado de céu.

Me perco, me acho,

viajo em você,

com você,

mas nunca sem você

meus olhos de mel...


domingo, 9 de março de 2014

Estado inoperante

Democracia palavra vazia
igualdade dos desiguais
sociedade, sociedades
elites, marginais, vetos, votos
Justiça, equidade?
direito a escolha
delegação de poderes
resultados de eleições
cartas marcadas...

A prioridade é sempre o capital
Representantes que não nos representam
Marionetes eleitas
liberdade e escolha
Mentira democrática
liberdade vigiada
janelas com grades
Estado observante
total descontrole...

Democracia
obrigação do voto
honrarias as Excelências
empregados do povo
povo serviçal
impostos e favores
engodo dos senhores
guerras, protestos e rumores
nenhum resultado.

Estado inoperante
sangue violência e morte
justiça com as próprias mãos
a Receita Federal funciona
apuração de votos também
democracia, só mentira
guerra e morte
demônios loucos...

E nossos empregados, Vossas Excelências!
Comportam-se como se fossem eleitos para serem servidos.
O povo, mentalidade serviçal, nada cobra de seus delegados.
curvam-se agradecidos diante das esmolas recebidas.
Impostos, filas e filas, nenhum retorno....

                    Não ha poesia...
                         Apenas repulsa e vergonha!!!

sábado, 8 de março de 2014

Uma casa para Deus

Quase ninguém olha ao lado
Poucos fazem o bem
porque já pagaram seus votos
já isentaram suas consciências
já doaram ao templo controverso,
contribuindo interminavelmente
com o ambíguo cristianismo...

Ninguém mais olha ao lado
quase ninguém se enxerga
cinicamente, mentem, auto-enganados.
sustentando seus imuteis sacerdotes
construindo casas de tijolos
para o Deus que só habita homens

Ninguém mais se poe à serviço
do Deus que está no próximo
é mais fácil pagar impostos
sustentando a mediação
 delegando a relação
aos remendadores de véus
misto de lei e graça
hidra de recalque e doença
Formatação da desgraça...

Ninguém mais se conhece
toda culpa é transferível
o problema é de ninguém.
eis a fonte de lucro e clonagem
Divorcio da fé com da ciência
transferências e negação do eu
deuses para todos
diabos para tudo
desvio da humanidade...

Praga do planeta

Ele desliza sem fingir felicidade
flui suavemente pelo tobogã da vida
sente o momento não somente o gosto da comida
nada sabe de custos, são seus prazeres incompráveis.
basta-se do necessário!
sorve da fonte de sua própria simplicidade...

E em algum lugar remoto
o mar descongelou...

Ele fingindo, sorri vazio
explora, extrai e abusa da vida
sente medo, sendo peso se empanturra de comida
seus muitos supérfluos são compráveis.
não se basta do fútil!
Sua fonte entupida, já secou...

E em algum lugar remoto
uma mãe se desespera...

Ele dorme quando quer.
Ele já não descansa.
Um despreocupado sente a vida.
Outro, frustra-se de expectativas.
um vive e outro planeja.
aprendamos pois com os cães...

E em algum lugar remoto
filhotes de urso perecem de fome...

sexta-feira, 7 de março de 2014

A força motriz é a vaidade

Criaremos nossa identidade
Defenderemos a nossa cultura
Perpetuaremos os nossos equívocos
Mataremos qualquer diferente
Viveremos pelo consumo
Seremos melhores que outros...

Competiremos com nosso igual
Deixaremos o nome na história
De pedra faremos cidades
Da floresta faremos pastagens
Mentiremos em nome do império
Derramaremos o sangue inocente...

Encheremos os nossos depósitos
Tiraremos do pobre o pão
Boicotaremos a educação
dominaremos os nossos irmãos
Colocaremos sob servidão
Fecharemos os olhos à maldade...


  E a força motriz é a vaidade


quinta-feira, 6 de março de 2014

Estrela da madrugada

Estrela que brilha em um mundo sem sorte
peregrina, no ausente das almas distantes.
quão solitário é o mundo assim
entupido, sem brilho e sem luz
são poucos os que olham as estrelas.

                ...É madrugada e o sono não vem.



Estrela, sem teto e sem lar
andante no espaço que é seu...
sou eu, somos deus, nossa sorte!
Se o mundo não quer, tudo bem!
voltaremos logo pra casa.

                   ...Já é tarde e não acordei...

Ciclo da Violência: Somos Nós

             

Todos os dias, acompanhamos tanto pela televisão como ao nosso redor a violência doméstica fazendo parte da nossa sociedade. Até parece algo normal, mulheres e crianças sendo espancadas, mortas ou abusadas emocionalmente. Na maioria das vezes esse quadro é legitimado por uma tradição da nossa cultura que insiste em inferiorizar a mulher elevando a figura masculina, colocando-o num pedestal de "O Homem da Casa", e nós assistimos a isso como se nada tivéssemos com tão séria doença social. A pobreza, a degradação de valores, a inoperância de certos mecanismos de defesa do cidadão banalizam a violência em todos os meios da sociedade. Até mesmo os próprios violentados muitas vezes não se escandalizam com a agressão a ponto de querer lutar contra o sofrimento físico e moral que vivenciam diariamente. Nesse cenário de horror as drogas entram nas casas pela porta da frente como uma válvula de escape que tenta amenizar as contradições sociais; pais, mães e filhos consomem a droga mais comum: o álcool nas suas salas-de-estar e vivenciam com naturalidade seus efeitos devastadores e violentos. Nos jovens estamos assistindo essa realidade bater à nossa porta, inclusive em nossas escolas, num movimento em que tudo pode e tudo é legal. Mas não é legal ver famílias aos pedaços por conta da violência brutal. Somos estudantes, filhos e cidadãos e trazemos esse grito de vergonha para nossa sala de aula e dizemos. Basta! Somos nós!




Ingrid Carla Ecks




Ingrid_ecks@hotmail.com


Vídeo que representa a violência domestica e o alcoolismo. Atores: João Luiz no papel de marido, Gabrielle (filha) no papel de filha, Aline (namorada) no papel de esposa, dirigido por Ingrid (filha)


Pequena Princesinha

Onde estão seus sonhos princesinha?
eu sei que você sonha
a vida é movimento
O tempo passa, pequena,
e esperar é perder...
ocupe todo o espaço...

O amor valida a vida
o amor, justifica tudo
tome o seu lugar,
esteja por inteira.
se o amor é grande.
tudo vale a pena.

O amor transcende
suas convenções princesinha
nossas escolhas são destinos.
sempre ha caminhos novos
outra coisa não completa o que te falta.
a compensação não compensa...

Seja egoísta minha pequena
ocupe seu lugar e seja feliz.
os desencontros não te tiram do ponto
ouse mais uma vez
não tens controle mesmo
é teu todo o espaço...

Momentos eternos

Há algo que me justifica
e mesmo que ninguém entenda,
já cobri a multidão de meus pecados.
andei errado!
mas tudo o que fiz
                            foi por amor...


Eu sei que diriam, já se foi o pecador,
ele buscou seu próprio fim.
eu, de fato, morreria feliz!
mas escolhi viver a vida.
Fiz o que quis e tudo o que fiz
                             foi por amor...

Criança crescida

Quando finalmente estava pronta,
já não estavam mais lá.
Não me aguardaram, passou!
Pensei, que injustiça, ninguém me esperou...

Me dei e cumpri uma missão
me entreguei com tudo e agora?
Consegui. Mas não pude provar nada.
preciso voltar a ser, não posso mais ficar parada...

A criança que quis e não fui, se foi.    
E já não posso mais viver este ideal
eu não queria crescer, me frustrei!
O tempo, inexoravelmente passou...

e agora, não consigo mais pensar em mim...


(pensando em alguém muito especial)

quarta-feira, 5 de março de 2014

Não pequei no carnaval

Hoje o dia está cinzento.
peso nostálgico, densidade,
céu escuro, nuvens de pensamentos...
É Quarta-feira das penitencias,
brumas cinzas no horizonte,
apenas desencargo de consciência...

Joguei água no meu lixo
água limpa, potável, límpida!
joguei ainda mais e ele se foi
entupi o rio, me livrei, me esqueci.
Abri latas, esvaziei garrafas e
me empanturrei de bicho...

me disseram, você é!
me moldei e orgulhosamente concordei!
se chover eu tenho um teto,
quanto aos outros, já rezei!
hoje sou quem eu nem sei!
mas, cumpri minha missão.

E neste ínterim,
se enchem, transbordam os cântaros,
somatizando destruição e desencanto,
rasgando outra vez o véu.
As nuvens pejam o nosso céu
céu de aparente calmaria...

Mas, tudo antevê tempestade
enquanto parado, alheio descanso
já remi a culpa e ralei os joelhos
me cuidei, ignorei e fiz o bem.
Não preciso desta droga,
tenho a minha...

             Não pequei no carnaval...

terça-feira, 4 de março de 2014

Pés de Barro

O homem esvaneceu,
se perdeu,
piorou,
atrofiou,
animalizou,
descaracterizou
E já não se lembra mais quem foi
e se esqueceu de quem é seu Deus.

E agora?

agora, só restou a referencia
de quem se pensa ser
logo, pensa-se de quem Deus seja.
mas, se não somos quem pensamos
nosso Deus também não é...

Mas e agora José?

Então finjamos quem somos
e construamos nosso deus
faço deus e faço eu
sou e tenho divindade...

Agora já sou eu e tenho um deus
deus, deuses, poderes, panteão
tantos deuses
muitos humanos...
humanos deusificados,
departamentalizados 
explicado, explicável
sistematizado
divisível
mediável
fragmentado
para isso e aquilo
cultural, aculturado
imagem de homem
esquizofrênico,
ridículo, criado  
criador, criatura, limitado
humanizado
dirigível
negociável
pés de barro... 

José???

Então eu finjo, ando em círculos
drogas, acido, acides
carrocel, cavalinhos, ilusão
álcool, templos, sono
meu deus, meu eu, religião...

enfim,

preciso de meu centro,
A viagem é para dentro
não há Deus fora...
quem se encontra o encontra 
quando encontra, o encontra dentro.
 será?
não sei!!!
Mas desconfio que Deus esteja no centro do eu
e eu, no centro de Deus... 



Meu cachorro Bocó

Bocózinho, bocózinho
Não me incomode assim
Lambeu o seu rabinho
e vem babar em mim...

Bocózinho, bocózinho
Vá protestar na China
Va demarcar pra lá
Estou cheio de suas minas

Bocózinho, bocózinho
não me venha incomodá
estou limpando meu rabinho
acabei de cagá...

bocozinho, bocozinho
não adianta se escondê
você vai tomar banhinho
para parar de feder...

Bocózinho, bocózinho
não comece a azucriná
vá cagar no mato,
Vá peidar pra lá...

E eu escrevo Bocózinho, bocózinho
Quantas vezes bem quiser...

                   Vaza Bocó!!!
                      Assassino de coelhinhos...


 Sei que os versos são infantis. Não há nenhuma pretensão neles. É só uma brincadeirinha com meu amigo cachorrinho...

Dança

Minha mente dança
enquanto se encanta...
não tenho foco
foco tudo
neste todo
transito
transeunte
voo alto, baixo,
plano sobre o raso
me atraso e corro mais...
e não me peça
para ver suas peças
gosto delas.
mas as cadeiras e
a expectação, não são
não sou, me vou
entre cheiros, gostos, encantos, muvuca
provo tudo
degusto o mundo
vou fundo
não paro...
Sou o andante da mente dançante!!!

Não pense que sou superficial
só penso sobre o que você pensa...

A humanidade emburrece

A modernidade enrijece.
A humanidade emburrece.
desvanecem as percepções
enquanto perdemos conexões...
Todo mundo corta arvore,
todo mundo come carne.
Lá se vão nossos insights...

A bestialidade prevalece.
A subjetividade perene, perece.
atitudes tão humanas, desumanas
esvai-se-ao interações...
Todos comem muitos homens,
defecam, vomitam lixo, devoram bicho.
De deuses à diabos e findou-se a humanidade...

              E ela se esvai
                                     e
                                           La se vai...


segunda-feira, 3 de março de 2014

Verdade movimento

Perguntei, pergunto, perguntarei.

e é crescente a sensação em mim,

de que nem sei perguntar pois minhas perguntas

nascem da respostas erradas que tenho.

por isso fecho e reabro questões

e não tenho respostas a dar...


Quem se propõe a responder, percebo,

eles não tem respostas a dar

de todas as resposta, só sei que não basta

ficando apenas uma impertinente meia verdade,

o equivoco se dá já na pergunta...


Então sigo pela vida perguntando errado,

pergunto, refaço, construo, destruo e ignoro.

e neste impeto das questões,

reabro sempre e já não fecho, cansei de perguntar...

o fluxo das verdades transmutáveis se dão no silencio...


nada tenho a dizer...

Não carnavalizo

Não pulo, não danço
Sou ruim de diversão.
Penso grave
Vejo os olhos
me somo ao amor de quem me ama
amo quem eu quero ser
não esqueço quem eu sou
nem de quem comigo é...

Não danço, as danças dos povos
não ignoro os bastidores
Raso, tosco, mascaras
bundas, peitos, arruaça
copa, lucro, futebol.
não faço carnaval!
sou do Brasil, sou brasileiro
sou inteiro

        jamais carnavalizo...

Minha Flor

Repouse vida minha
por que o teu melhor é natural
Assim não podes descansar, 
No seu melhor lugar do mundo...

Você não sabe minha flor,
não percebe o exalar de seu perfume
sem querer, sem pensar
Sempre, sempre vais florir...

Você floriu para mim agora,
nem percebeste, meu deleite.
você é assim,
te sinto a toda hora...


nunca vi florzinha aflita!!!
minha flor...

Meu doce cacto

Proteja suas flores
Ative sua cor
sua força, seu amor
invente cores
sem precisar, sem precisão
brilhe quando for
São lindos seus espinhos...
crie, criative,
ative-se...
invente
reinvente
seja você,
seja o que for...

domingo, 2 de março de 2014

O Manifesto do Tatu




Manifestas, mani-festa, manifestai vos. Ano zero. Levante-se, arme-se, ame-se. Palavras, palavras, palavras, ação!!!!!!. Devorai-vos conforme diz o bruxo antropófago, vomitai-vos. Não temos reis nem rainhas, não somos tribos, somos corpos fluidos, enigmas, dores, gritos. Materialize! Matéria, mundo material, materialismo dialética! porque não?. Misture o caipira e torne-o clássico. Não, não quero o clássico, quero a classe dos desclassificados. O Tatu saiu da toca, tocai-o, classifique-o. deixe-o gritar...És um país de espaços frágeis, sistemas torpes, De-sistematizai-vos, a si mesmos em seguida as estruturas sociais. Hoje é carnaval na terra dos loucos. Devore todas as teorias, vomite-as, transforme. Faça o seu carnaval, carnavalize-se. Escrevendo, pensando, agindo, amando, derrubando barricadas, ateando fogo no que esta podre. Oswaldie-se, oswaldiemos, oswaldiaí-vos. Estamos na semana hiper-moderna, tornemo-as eterna. A piramide!!!!! estamos cansados dela! Retiremos a base e derrubemo-as e a ponta que se exploda, ou vire base. Baseados no caos, nas letras na ação. Sem classe, sem classes. Trabalho, trabalho, trabalho, enlouqueça depois nos procure. É o ano zero do Tatu. Estamos vivos!

                                                                          Aline Prado

Cadeiras

Cadeiras de balanço
de descanso,
da critica sentada.
Cadeira do vai e vem
da não constatação.
Cadeira do ócio do ópio, do vão...
Cadeiras, tantas cadeiras.
Cadeiras dos que não fazem nada.

Você nasceu para mim


Enfim, é hoje, data em que
veio ao mundo alguém especial,
aquela que me completaria,
fechando definitivamente a lacuna 
de minha existência...
Assim você me veio
em momento tão oportuno, tão pronta
nasceste para mim,
eu para você
renascemos um só...
Agora amor, esta data
importante ganhou par.
desde que renascemos naquela sublime tarde.
Nascemos em definitivo quando nos encontramos
e a data então mudou...

comemoremos hoje a vida
e este amor atemporal
Eu te esperava
e ainda menino, já soube
que meu amor chegava,
sentia, que você nascia... 

amor, feliz aniversário!!!


Billy Graham foi simplista

                 

                 Quando penso, declarando que Ele, Deus, deu ou tirou algo de mim, fujo a responsabilidade de meus atos, nego meu livre arbítrio, privo-me da capacidade de inferir e mudar, ficando sem saber qual é a minha atribuição na própria vida, refém e a merce do que vier. Portanto, espiritualizar situações corriqueiras da existência, atribuindo a Deus certos resultados obtidos é, no minimo, adoecedor. É preciso assumir responsabilidades. Então, mesmo que eu me equivoque, me posicionarei e por acreditar que não se pode viver de outro maneira, lá vai a minha opinião:
                  Sinceramente, se considerarmos que os nossos fracassos nos ensinam preciosas lições, algumas perdas são, de fato, melhores, pelo que nos acrescentam, que certas de nossas conquistas que, contraditoriamente, nos pioram enquanto ser humano. Penso que Deus não é, pelo nosso próprio livre arbítrio, tão ativo quanto pensamos, nas circunstancialidades de nossas vidas. Normalmente o que nos sobrevêm são as nossas escolhas e seus resultados. Deus não tira e nem acrescenta. Fazer algo assim, se ele o fizesse, seria como interferir no processo de nosso amadurecimento e ele, por certo, não nos faria este mal. Certo ou não, acredito que Ele graciosamente nos assiste disponibilizando o seu perdão, esperando que aprendamos e cresçamos. E então, com erros e acertos, sigamos, andando, tropeçando, mas aprendamos a viver enquanto caminhamos. Só não desmaiemos no caminho, tão pouco, fugindo, neguemos o nosso poder para fazer diferente, isto , sim, seria trágico.Vivamos pois!!!


Vivemos um ciclo onde tudo é importante e nada é mensurável.

Billy Graham foi simplista...

sábado, 1 de março de 2014

Metamorfose do Sonho

Vivamos o sonho
cumpramos o ciclo
saiamos do casulo
quebremos juntos estas paredes...

Sonhemos portando
desconstruamos limites
realizemos pois,
você e eu, todos os dias...

o sonho não vem só
possibilidades e propósito
Sonhos andantes
eu sinto, você sente...

Nossa vida é coerente
Momentos somados
Sonhos metamorfoseados
Nos amamos plenamente...