domingo, 28 de setembro de 2014

Chorume de mim

Os pés de um aquém,
impressos no pó da estrada...
Das dores das lagrimas
destes sangrados manuscritos
Que mancham papéis ...

Que dó da história
das tantas memórias
juntadas ao lixo
estrumes intulham caprichos
Do fétido chorume...

Jogaram no lixo
os meus devaneios!
Sem rodeios pisaram flores
Mas na ansia de ser
Dos amores que foram

aceito e retorno
Gravemente me olho
Alem do horizonte
Fitando a estrada
Me vou outra vez

sábado, 27 de setembro de 2014

Sangue na praça

Cortaram cabeças
em nome da causa
e a paz desejada
se vai nesta fé...

E é o sangue vertido
perdido por nada
que mata a esperança
de um povo marcado...

Até as crianças
já brincam com armas
e a ira calada
os forjam pra guerra...

A terra quer vida
mas tudo é caos
e o capital venceu outra vez
matando o mundo...

O culto é ao dinheiro
a guerra é o meio
o povo é manobra
em nome de Deus...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Conforto

Sou humano, ferido,
faço planos, sobrevivo!
Sim! me importo, não nego!
consolo e conforto
qualquer oprimido..

Divido meus planos
Estou vivo!!!
vou a forra e ouço desaforo,
convivo, preciso!
confesso que choro escondido...


...

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Não posso mais falar de amor

Não posso mais falar de amor...
Queria muito, minha flor!
mas quem sou eu?
para provocar em ti qualquer rubor?

Então não falo.
Neste contexto de mercadoria e de preço.
ninguém entenderia!!!
Queria, mas estupefato, me calo!!!

Quem sou eu para falar de amor?
O absoluto não está para o relativo,
então digo da dor! Do alento!
me contento, com o calor enternecido...


 Sou apenas um subalterno ignorante
deste amor, deste Deus desconhecido...

cale-se vossa excelência!!!

Sou orgulhoso contraventor,
pois não há lei que nos defenda,
do alienante legislador...
Não há lei justa sim senhor!
então, por favor!!! cale-se vossa excelência!!!

Qual é o penhor da obediência?
paciência, o melhor está por vir?
Deus te recompensará?
Por que tudo para depois nobre senhor?
dou de ombros, cuspo na vossa incoerência!!!

Sou duro disposto resiliente,
contra esta minoria parasita!!!
não sirvo nesta caixa esquisita!!!
Estou na lista dos que se vão cedo,
então, não me rendo!!! por favor não insista!!!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sonhamos

Gravitando gravemente,
presente na sua gravidade,
escorregando em suas curvas
sou lua, inocente!

Por ruas só suas viajo loucamente!!!
contornando amanheço entorpecido
sóbrio, óbvio, ébrio,
desejo carícias, delicias, só suas...

E nesta aurora eterna dos beijos ardentes
Provo seus vales, planícies, feitiços e planos
sem enredo me encaixo perfeito
Já não sou, não és mais, nunca fomos!

Não sou teu, não és minha, só somos!
as ruas, aurora e a lua são nossas!
o tempo desiste, não soma!
as almas nas curvas se fundem...

Só agora de fato existimos
e o tempo, sem tempo se cala!
calado, atônito apenas contempla...
só fala de amores o vento


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Não existe fim para quem é recomeço

Eu vou caminhando,
Reconstruindo-me na queda
não me rendo a um fim!
Pois sou recomeço...

Eu vou até o fim
e derrotá-lo-ei finalmente em minha carne, 
enquanto ele se ocupa com meus ossos
Avançarei...

Enfim sigo lutando
Enfrentando o que me constitui
Se dilui todo o engano
E o fim, terá seu fim, nos próprios planos

domingo, 21 de setembro de 2014

Ilusão do saber

Tudo parou no muro
e ficou como está.
Lá e aqui é assim!
Logo, é sem razão
sorrir ou partir...

A Culpa é da duvida!
Da maldita explicação
e desta ilusão do saber...
Porque ninguém pode antever
ou precaver destruição

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Estou

Não sei quem sou.
mas tenho gosto e sei que gosto!
Gostei tanto que outro dito,
desisto!!! nem quero conhecer...

Perceber sabores tantos
me encanto e sei que posso
desencanto, não sei como!!!
Só sei que estou aqui...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Escrevo, revejo, contemplo

Contemplo!
Me perco na percepção...

Revejo!
As nuvens de meu chão...

Escrevo!
Nas linhas da intuição...



Toda a minha perdição,
revejo!

Em nuvens de algodão,
contemplo!

Intuo e concebendo sonhos...
escrevo!

Meu pai

Meu pai,
laranja lima
café coado
bobo chorão
olhos perdidos
pés no chão
piazinho João

(Ingrid Carla Ecks)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Contumaz poetizante

A loucura delira
sobre os versos flamejantes
do boêmio sem nação
e sem razão pra uma bandeira...

Este tal viajante dado a rompantes
 delinquentemente visceral
opositante a qualquer subjugo
antagonista do escravizante sistema desigual...

Sagaz senhor do paradoxal
indecente contumaz poetizante
segue conturbado e aos suspiros
desde sempre e doravante...

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Minha linda menininha

Ei menina má!!!
A culpa que sentes
te faz inocente.
A brisa ao luar mil beijos te dá...

Ei menina sentida do mal!!!
suportas, se importas
sua culpa irreal inexiste
perene, solene é seu carnaval...

Ei menina sem calma
seu coração suspira ofegante
mas sua essência brilhante não mente
o excelente forjou sua alma...

Se acalma menininha da doce conjunção!
Da terra e da água os astros te forjam!
poetiza de um todo, de um lodo, do fogo e fusão...
Amada, menina emoção!

Minha verdade é meu equivoco

                           Filosófica, psicológica e teologicamente pode-se afirmar que não existem verdades absolutas. Toda verdade é relativa, correspondendo ao agora, de cada individuo em  particular, sendo esta, subordinada a  capacidade de compreensão de cada ser humano que evolui, crescendo, a partir de uma consciência que se renova pelo autoconhecimento. Logo, toda sistematização, doutrinação, catequização servem apenas como instrumentos de adoecimento coletivo, anulando a individualidade e o sentido de existência do ser. Teologicamente e contra a teologia sistematizada, posso afirmar que Deus, como criador, habita fora da existência ou daquilo que existe por obra ou a partir de qualquer criação. Sendo assim Ele é desconhecido! Portanto, qualquer afirmação do tipo: Sua vontade é essa, Ele quer assim, Ele age dentro de determinado parâmetro ou que, para agradá-lo é preciso fazer tal coisa, é absurda. A teologia, como instrumento de explicação de Deus ou padronização de comportamento é, em si mesma, a pior de todas as heresias. Muitas vezes penso que alguns fatos, como por exemplo; a comprovação da existência de seres de outros planetas dimensões, avanços científicos, descobertas relacionadas a capacidade humana, informações de descobertas relacionadas a física quântica etc. são omitidas, porque isto implica na desconstrução de velhos mecanismos de controle coletivo.
               Então, concluindo, acredito que ninguém pode crescer buscando atingir algum determinado padrão segundo modelo religioso, social ou cultural preestabelecido.    
                 Ninguém pode amar se não ama a si mesmo. Ninguém pode ver se não se enxerga. Ninguém cresce sem aceitação e compreensão de si. Ninguém pode afirmar conhecer a Deus sem, antes, desenvolver uma visão introspectiva desalienada que produz autoconhecimento... Enfim, esta é a minha verdade relativa, o meu grande equívoco para o hoje, concebido a partir da leitura e reflexão do escrito, da autoanalise, observação do comportamento e links feitos entre as diversas ciência humanas e a religião...