Existe
no homem uma espiritualidade latente. Um software que nos é inato. Logo, ninguém
foge, por mais racionalista que seja, de sua tendência a dar um sentido
espiritual a sua existência. É desta base que surge a religião e toda a religião
possui sua própria divindade. Até os ateus se prostram frente ao seu deus, que
pode ser material, ou a própria defesa, acalorada de sua negação da fé. O fato é
que a necessidade de crer, é a prova de que não se conhece, o objeto de sua própria
crença. O medo motiva o respeito pelo desconhecido, afirmado em um culto, como
fuga de uma realidade insuportável, a fé pelo medo da morte. Eu não preciso
crer em Deus. Não sou criacionista tão pouco evolucionista, não compro pacotes
fechados. Há fragmentos de verdade em tudo e o todo não se constitui de uma
parte. Pinço verdades na mentira e tiro a mentira da verdade, logo em minha
relatividade, não tenho convicções absolutas. Existe um sentido maior para a
nossa vida, eu não preciso crer em Deus como fuga de um sentido que desconheço.
Eu creio no sentido maior e creio em um Deus que não me julga.
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