Uma questão que trago insistentemente à tona,
revirando o abismo da minha alma em busca de um sentido maior é a importância de
uma vida com importância. Ninguém pode suportar conscientemente, viver uma vida
ausente de significado. A ausência de sentido acaba por produzir em nós,
mecanismos de fuga, como uma corrida desenfreada por viver, de prazeres só para
fora, acumulando momentos de alegria, que são confundidos com a felicidade. A maioria
das religiões, ditas cristãs, já se prostraram a este deus do consumo e entraram
também neste processo de fuga tendo como subterfúgio a materialidade,
alimentando o processo humano de fuga e auto-alienação. Por isso eu creio em
Cristo, mas duvido veementemente do cristianismo. Penso que é mais fácil fugir,
do que encarar a vacuidade da própria existência. Tapar o poço abismal interior
é muito mais fácil, do que a vertigem de se olhar para dentro e trazer luz a própria
existência. Estamos em um processo coletivo de despertar e ha um passo de uma
grande libertação. É como se vivêssemos no linear de um despertar de consciência
que nos dará um sentido transcendente, sobrepujando enfim, esta nossa
animalidade. A bem da verdade, ainda somos a ameaça e o perigo maior neste e
para este planeta.
João Luiz
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