domingo, 8 de abril de 2012

Sem conexões não ha amor e sem amor, não ha Deus


              Jesus é o grande conector da existência humana. A sua cruz abraça o mundo. O evangelho, a sua mensagem, quando original é altamente curadora, por que leva o ser humano a se ver, a se reconhecer e a se perdoar. Ele, Jesus inter-relaciona o perdão recebido ao perdão liberado, o conhecimento de Deus ao relacionamento com o outro humano, o amor a Deus ao amor ao outro e finalmente e o serviço a Deus ao serviço ao próximo. São conexões para todos os lados. Se um único neurônio pode fazer milhões de conexões, qual seria o poder de um ser humano realmente conectado? Como alguém pode se conectar com o universo e a Deus tendo uma mente viciada, com caminhos neurais inexistentes e áreas de si mesmo, nunca visitadas? Como alguém pode dizer que ama a Deus se não tem nem amor próprio, Vivendo uma vida sem empatia, ou indiferente em relação ao sofrimento do outro. Quando vejo alguém falando em Deus o tempo todo, mas em antagonismo a esta verbalização incontida, vive uma vida cujo foco é o próprio umbigo, só posso fazer uma única leitura: interpreto estas declarações como a sua própria confissão de inafetividade. Uma blenorragia verbal incessante e confessadamente explicita como uma inafetividade por tudo, uma desconexão real e um desconhecimento absoluto de Jesus, mesmo quando este se auto-declara cristão. Existe uma ordem, uma seqüência evolutiva nas conexões que fazemos: Conexão interna, conexão para os lados e conexão para cima. Conexões constantes, expansivas, continuas e ilimitadas. Se religião significa na terminologia, religar, se esta não religa, esta é falsa. Não peço que concorde, peço apenas que pense.
João Luiz

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