sábado, 28 de março de 2015

É um engano cumprir a tarefa

Se o fogo queima o papel
Se um vírus destrói o arquivo
deste livro que não será lido
onde digo, desligo, não sigo
prosseguindo sem nada saber

meu querer é antever o destino
o já dito persisto escrevendo
Revolvendo o obvio previsto
validando o meu nada fazer
adiando o presente sentido

Que terrível esta gente demente
Que acumula feituras do lixo
Feito bicho enchendo seu buxo  
no estulto sepulcro de bens
esquecendo o caixão que é só seu...


Seu luto é inútil seu tolo
O Seu dolo enfadonho é o fútil
Ai de mim que deixei de sonhar
Uma cova me basta no fim
Enfim todo plano perece.
Na quermesse das tantas tarefas

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