sábado, 8 de novembro de 2014

Coleiras de diamantes

Tarde triste, garoa chorosa
que impinge brilho as caras famintas
das crianças na marginal...

Na avenida principal
Seguem aflitas às compras
dondocas businantes...

Em seu desfilar fútil
da decência inútil
gralham e rosnam suas urgências. ..

Nas etiquetas do ridículo
Seu suplício consumista as consome
Pranteia o ceu cinzento pela fome em desesperança...

Sons de estômagos trovejantes
misturam-se ao gotejamento melancolico
Nas marquises esquecidas...

Enquanto isso, as senhoras com fome elitista
Disputam com outras loucas
A lista das finas saias...

E a laia que só produz lixo,
Sem perceber a garoa ja nas mansões prisionais
são consumidas tais patroas
por coleiras estão detidas

A tudo o que podem comprar...




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