segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O poeta eu matava

Eu esperto, andei filtrando meus versos.
só o suportável escrevia,
o estável, previsível...
endireitei minhas linhas!

mantive a sanidade por perto.
do incerto desisti,
engoli o choro no soluço!
e de bruto me vesti...

registrei carteira, assinei contrato
trabalhei noites inteiras!
um canto pra chorar
e uma ilusão pra seguir...

 foi então que percebi,
quando passou o encanto!
que nesta normalidade
eu morria, pois o poeta eu matava...

Nenhum comentário:

Postar um comentário