segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ciência e fé

                     Depois de muitas buscas, quebra de diversos paradigmas, desconstruções e os muitos sofrimentos inerentes a tudo isso, finalmente entendi que a ciência, a filosofia e a teologia não se excluem mutuamente. De fato incompatíveis entre si, são o pensamento, o experimento e as certezas resultante de crenças equivocadas. Nenhuma crença, embora estas se coloquem como sendo absolutas, não o são. Não representam a verdade integral e assim sendo, estás são apenas limitantes irreais. Estas tais e definitivas Crenças fechadas, que não dialogam com a inteligencia e a razão são impeditivos reais ao desenvolvimento humano . Pela farsa que são, se opõem contraditoriamente ao pensamento e ao experimento. Outrossim, enquanto a ciência é a comprovação de fatos através da experimentação e a filosofia segue perguntando, se voltando-se sobre si, pensando livre sobre a existência e sua problemática. As crenças se poem como obstáculos sagrado irracional, impedindo avanços em todos os níveis. Crenças são a sistematização de uma perspectiva, validada por algum fenômeno desconhecido, retroalimentada pelo conclusão fechada de acontecimentos. É a padronização de uma percepção isolada e difundida de forma fixa e sagrada.
               Enfim, creio no imaterial e a ideia que pretendo defender aqui é a de que o experimento, o pensamento e a fé podem e devem caminhar juntos.
                     Se pensarmos a ciência como simples instrumentador do que se pode mensurar. O pensamento como sendo a simples análise da existência a partir da auto percepção humana e a teologia como sendo o registro histórico da fé, mas sem a sistematização religiosa, chegaremos enfim a um consenso. O que a ciência comprova é inegável, assim como contra fatos não existem argumentos. O que pensamos podemos realizar e nem tudo o que existe pode ser comprovado pela mensuração. Logo a fé também é legítima e não deixará de ser realidade só porque a ciência é limitada não podendo comprová-la pelo experimento.

                  Concluindo, sei que poderia escrever um livro sobre este assunto e talvez o faça um dia, mas em nome da rapidez que nossos tempos cobram, vou terminar minhas considerações por aqui, com definições simples: Precisamos ver a teologia a partir da ciência. Pensar sem medo da heresia e crer pra além do que se pode medir. Porque contra a comprovação, crenças não subsistem. Tudo o que se pode pensar, pode-se criar e a fé pode materializar o que é intangível, imensurável e impensável a ciência. Só assim, somente assim, criaremos o imaginável e ampliaremos o ordinário, diminuindo gradativamente o que hoje denominamos por milagres.  Ninguém pode ir além em se tratando de conhecimento se sua mente for departamentalizada no que tange a fé e a ciência, tendo como aferidor, as crenças que possui. Eu não questiono o que comprovado está e não duvido do que não se pode comprovar...

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